Em 1887, Heinrich Hertz, investigava a natureza electromagnética da luz, a produção de descargas eléctricas entre duas superfícies de metal em potencias diferentes.
Observou que uma faísca proveniente de uma superfície gerava uma faísca secundária na outra.
Como esta era difícil de ser visualizada, Hertz construiu uma protecção sobre o sistema para evitar a dispersão da luz. No entanto, isto causou uma diminuição da faísca secundária. Na sequência das suas experiências ele constatou que o fenómeno não era de natureza electrostática, pois não havia diferença se a protecção era feita de material condutor ou isolante. Após uma série de experiências, Hertz, confirmou o seu palpite de que a luz poderia gerar faíscas.
Em 1888, estimulado pelo trabalho de Hertz, Wilhelm Hallwachs mostrou que corpos metálicos irradiados com luz ultravioleta adquiriam carga positiva.
Isto, antes da descoberta do electrão, que se deu em 1897.
Dois anos após a descoberta de Hertz, Thomson postulou que o efeito fotoeléctrico consistia na emissão de electrões. Para prová-lo, demonstrou experimentalmente que o valor de e/m (relação carga –massa)das partículas emitidas no efeito fotoeléctrico era o mesmo que para os electrões associados aos raios catódicos.
Também concluiu que esta carga é da mesma ordem que a carga adquirida pelo átomo de hidrogénio na electrólise de soluções. O valor de e encontrado por ele encontra-se muito perto do aceite actualmente 1,60x10-19 C.
Em 1903, Lenard estudou o efeito fotoeléctrico utilizando como fonte luminosa um arco de carbono. Variando a intensidade da luz por um factor 1000, provou que a energia dos electrões emitidos não apresentava a menor dependência da intensidade da luz.
Em 1904, Schweidler mostrou que a energia do electrão era proporcional à frequência da luz.
Em 1905, um físico até então desconhecido, Albert Einstein, que trabalhava como examinador de patentes em Berna, Suíça, publicou três trabalhos revolucionários.
O primeiro trabalho procurou explicar o movimento das moléculas em um líquido, conhecido como movimento browniano.
o segundo foi o famoso trabalho sobre a relatividade
o terceiro, que considerou o mais revolucionário, propôs a hipótese da quantização ou quantificação da radiação electromagnética pela qual, em certos processos, a luz comporta-se como corpúsculos de energia, chamados fotões.
Do ponto de vista tecnológico, o efeito fotoeléctrico é empregado em visores nocturnos (sensíveis à radiação infra-vermelha), fotómetros, dispositivos para aberturas de portas e outros.
Não se deve confundir com dispositivos que usam o efeito fotovoltaico (células solares) ou a fotocondutividade (chaves que acendem lâmpadas de poste, por exemplo).
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